Preciso do meu poder de síntese, da minha sensibilidade apurada, de toda a minha compreensão, preciso da minha inteligência, da minha experiência e cultura para entender quando e por que parei de sentir.
Preciso saber os motivos pelos quais, mesmo morto, continuo sonhando com aqueles dias noite após noite durante todos esses anos.
Como se aquilo ainda existisse, como se eu ainda estivesse vivo.
São espasmos luminosos como pequenos choques elétricos que fazem meu corpo tremer enquanto durmo. E acordo sobressaltado, procurando nas esquinas sombrias do meu quarto uma presença que, por alguns segundos, me iluminou.
O que resta de mim são lembranças, e mesmo elas estão se esvaindo.
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