quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O fabulista

Repenso pensamentos, desarticulo palavras, desconstruo invenções, confundo certezas, nego verdades, confirmo mentiras.
Reescrevo escritas, apago o que ainda nem escrevi...
Leio páginas vazias, releio o que eu ainda não li.
Visto-me de hiatos, dispo-me ditongo...
Caso com oxítonas, palavras agudas, faço amor na derradeira linha (ponto e vírgula).

Concebo um filho no ponto final.

13 comentários:

Única e Exclusiva disse...

Bem fabulado ... ainda bem que concebe um filho no ponto final, imagina se fosse numa interrogação ou numa exclamação?!?

Rs...rs...rs...

Letícia Alves disse...

Pensamentos repensados...
Palavras desarticuladas...
Invenções desconstruídas...
Certezas confundidas...
Mentiras confirmadas.
Cartas reescritas, palavras não escritas.
Páginas vazias relidas, leituras releituras.
Hiatos despidos, ditongos vestidos.
Oxítonas separadas, graves palavras, amores derradeiros.
E ponto final.


Beijos Tempestuosos!

Marina disse...

Só espero que o ponto final não seja o final de tudo, mas um recomeço. Ou, quem sabe, sejam trigêmeos? Uma continuação.

Abraço, Marcelo!

Unknown disse...

Esse coração anda bagunçado e essa cabeça pensante demais. Como ousamos faze-la parar? Pelo menos um pouco, para quem sabe assim dormimos mais tranquilos?!

Adorei.

beijos

Flavia Melissa disse...

e se apaixona nas reticências :)

Assim que sou disse...

A fábula, caro Marcelo, nunca possibilita continuidade. Ela se constrói e encerra em torno de si mesmo. Somos fábula também. E romance, ficção,crônica, poesia, trash movie, manchete de jornal...
Mas de tudo isso não posso deixar de dizer o quanto gostei do "Concebo um filho no ponto final". Lindo e absolutamente sintonizado com a imagem que construi de você.

bjs. Veronica

Ah...hoje fiz meu post inaugural no novo blog em que participo. Foi a minha estréia no mundo das crônicas e gostaria muito de sua visita e comentário. É o www.criativesse.blogspot.com

Dany disse...

E assim a vida segue, a cada frase, a cada conjugação, pq eu sei que no fim das contas, seu verbo é amar, seu substantivo mais abstrato é o amor!
;)
Bjs

Giane disse...

Oi, Marcelo!

Você faz tudo isso e ainda Encanta com Palavras!

Beijos mil!!!

[ rod ] ® disse...

Confabulações em sintaxe... abstrações do querer.

Vertentes do agora... confluentes do puro desejo.

Não há hiato nem mesmo o "gap" fatal ao incólume sentido.

Suas escritas são de ouro meu nobre.


Abçs,








Novo Dogma:
pedRas...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

Paulo Fernando disse...

Há tempos que eu não aparecia na blogosfera e no seu blog. A boa notícia nessa ausência é que continuo admirando seus textos.

Ponto final é só um nome que damos, mas é o PONTO DE VISTA que mais importa. rs

Abraços, meu querido.

Mariana disse...

Passando pra te desejar um ótimo domingo, beijo

uma leitora disse...

Não tem graça se encontrar Marcelo. Bom mesmo é a procura, sempre. Bjs.

SILVANA PEDRINI disse...

Que sintonia com a gramática!!!
Aplausos...