segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um breve conto enquanto a pausa persiste

Certa vez, uma menina foi avisada por uma vidente que ela encontraria o amor da sua vida em um homem com determinado nome e determinadas características.
A princípio ela desacreditou daquelas palavras da cigana mas decidiu por bem afastar de si qualquer homem que detivesse tais “atributos”.

Porém um dia, e por essas misteriosas brincadeiras do destino, eis que ela acaba cruzando com tal homem em um pequeno e efusivo bar.
Surpreendentemente foi ela a procurá-lo para conversar, e em cinco rápidos minutos de papo já estavam completamente envolvidos um com o outro.

Passaram a se encontrar todos os dias e ficavam conversando e se divertindo madrugada afora como se o tempo simplesmente não mais existisse.
Até o momento em que a menina deu-se conta de que estava mesmo em frente ao amor da sua vida, eram iguais, eram espelhos, tinham absolutamente os mesmos gostos e preferências, os que não combinavam completavam-se em suas diferenças, tratava-se de um ser de certa forma “mitológico” para ela, e isso causou-lhe um desconfortável temor.

Então ela afirmou que entregar-se a ele seria uma revolução completa em sua vida e achava-se ainda despreparada para tamanho amor, tamanha paixão e para cessar definitivamente a sua busca por um homem que, aos seus olhos, era a própria definição de “perfeição” em todos os aspectos que para ela eram perfeitos e necessários para nunca mais pensar em outro.

Então ela pediu um tempo...

Ela precisava ordenar as suas idéias, os seus sentimentos, as suas angústias e os seus temores.
O homem, como bom cavalheiro que era, aceitou o tempo do qual a menina precisava, embora não entendesse os reais motivos de tal pedido.

Os dias passaram-se, o homem manteve-se afastado e a menina manteve-se inerte...
As semanas passaram-se, o homem enviava sinais e a menina não os respondia como antes.
Os meses passaram-se, o homem sentia saudades e a menina calou-se de vez.
Os anos passaram-se, o homem desacreditou do amor e a menina permitiu, placidamente, que uma real chance de ser feliz escorresse por entre seus dedos como a água que mataria sua sede de viver em completa e absoluta paz.

10 comentários:

Eu lírico disse...

As vezes é mais fácil viver numa espera constante do amor do que viver esse amor...
O que é uma pena, pois li em algum lugar que: "A vida não é feita de esperas e sim de escolhas"
Basicamente uem espera vive pela metade, é melhor escolher ainda que a escolha tenha sido errada...
Eu sempre escolhi, pena que sempre escolhi precipitadamente e errado.
Mas escolhi e portanto valeu a pena por algum aspecto.
Devo estar crescendo...
Bj
Glau

Magna Santos disse...

O que o medo não faz, hein?
Abraço.
Magna

Anônimo disse...

Já vi uma história parecida em algum lugar, huumm, onde foi mesmo?!?

Medo, que bicho é esse? Eh de comer? Morde? kkkkkkkkkkkkkkkkk

Bjos ú&e
P.S.: Amei a volta!!!!!!!

Monique Frebell disse...

Só espero que não haja nenhuma semelhança entre você e este homem. Desacredite de tudo, menos no amor. Ele sempre volta, de outras formas, mas volta...

Bju!

Naiara Moura☼ disse...

Gosteeei daqui! . é complicado quando a decisão maior fica na mão de outra pessoa [ e essa pessoa não tem idéia do que quer ] ..

Anônimo disse...

De uma coisa tenha sempre certeza...
"Tudo que vai e não volta é porque não era pra ser seu." As vezes ficamos tanto tempo a procura da felicidade, sem percebermos que ela sempre esteve ao nosso lado.
Lute pelo que vale a pena e não pene pelo imerecido.

Beijinhus Desi e Nique =)

Maíra disse...

E esse medo que temos de fujir da felicidade? Será que não acreditamos que tudo está acontecendo e pode sim não mudar?

Beijos

Karla Lemos disse...

Muitas vezes achamos que dar um tempo é estar fazendo alguma coisa... bom dessa forma deixamos é passar muita coisa... deixar sentir e viver intensamente é fazer alguma coisa... por você e por todos a sua volta.
Estou aqui retribuindo a visita.
Passa lá no www.criativesse.blogspot.com.
Ontem escrevi, gostaria que lê-se. Karla

nd disse...

Olá amigo

O medo é horrível, pois nos congela até a alma.

Bjs

Saudades de ti...

Roberto Ney disse...

algumas vezes a simples perspectiva de que tudo pode dar certo provoca um desequilibrio maior do que a completa adversidade. é como um poço de felicidade no fundo de um abismo. sabemos o caminho para chegar até lá, mas o medo nos impede de pular de cabeça...
grande abraço do seu leitor de carteirinha!!
(: